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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Era uma vez uma escola


Texto: Era uma vez uma escola

Permita-me que me apresente. Eu sou a escola. Através de mim a alavanca do progresso foi impulsionada e a ignorância, felizmente a cada dia, mais se afoga na areia movediça.
Lá fora, em todos os aspectos, há uma escola muito diferente de mim. Eu gostaria muito que você não estudasse lá. Gostaria que você permanecesse aqui, porque depois do portão de ferro, lá fora, há um submundo repleto de prostituição, violência, miséria, fome, drogas. Um pandemônio urbano.
Eu gostaria que você ficasse aqui, conversando com seus livros. Gostaria que você tentasse ouvir o seu "ECO" construísse dentro de si uma escada para tocar nas estrelas, uma escada para a vida.
Por gentileza, não me risque as paredes. Imagine alguém riscando o delicado tecido da sua pele com uma lâmina, com um pedaço de madeira, com uma tapinha de garrafa.
Por gentileza, não me suje. Eu quero estar limpa para recebê-lo! Imagine alguém maculando o seu corpo com carbono, giz corretivo, caneta ou coisa semelhante, seria mesmo ridículo, não?
Chamá-lo-iam de porco?...
Por gentileza, não me quebre as cadeiras, nem as carteiras e nem os birôs. Imagine alguém quebrando suas pernas. Alguém fragmentando os seus braços e as suas costelas. Com certeza você não seria um ser humano.Você seria um amontoado de ossos.
Por gentileza, eu suplico: Não me danifique as janelas e as portas. através das janelas eu posso ver o azul do céu, as nuvens que passam, o piscar das estrelas, sa fases da lua, por conseguinte, minhas portas estão abertas para que eu possa receber você como um regozijo. Agora imagine alguém cravando espinhos nas suas pálpebras.
Eu a escola, a sua escola, sou vida e preciso urgentemente da sua colaboração e do amor a fim de que o mundo seja como aquele sonhado por você no seu primeiro dia de aula.
Autor desconhecido

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