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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dia 05/05 Marechal Rondon

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, no estado do Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865.

Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, perdeu os pais muito cedo e foi criado em Cuiabá pelo tio, de quem herdou e incorporou o sobrenome "Rondon".

Tornou-se professor primário aos 16 anos mas optou pela carreira militar servindo como soldado no 2o Regimento de Artilharia a Cavalo, e ingressando dois anos depois na Escola Militar da Praia Vermelha.

Em 1886 entrou para a Escola Superior de Guerra onde assumiu um papel ativo no movimento pela proclamação da República.

Fez o curso do Estado Maior de 1ª Classe e foi promovido a alferes (atual "aspirante-aoficial").

Graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais e participou dos movimentos abolicionista e republicano por volta de 1890.



Em 1889, Rondon participou da construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá, assumindo a chefia do distrito telegráfico de Mato Grosso, e foi nomeado professor de Astronomia e Mecânica da Escola Militar, cargo do qual se afastou em 1892.

Entre 1900 e 1906 dirigiu a construção de mais uma linha telegráfica, entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras do Paraguai e da Bolívia.

Começou a construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, em 1907, sua obra mais importante.

A comissão do Marechal foi a primeira a alcançar a região amazônica.

Nesta mesma época estava sendo feita a ferrovia Madeira-Mamoré, que junto com a telegráfica de Rondon ajudaram a ocupar a região do atual estado de Rondônia.

Rondon fez levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e lingüísticos da região percorrida nos trabalhos de construção das linhas telegráficas.

Por sua contribuição ao conhecimento científico, recebeu várias homenagens e muitas condecorações de instituições científicas do Brasil e do exterior.

Foi convidado pelo governo brasileiro para ser o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI), criado em 1910.

Incansável defensor dos povos indígenas do Brasil, ficou famosa a sua frase: "Morrer, se preciso for; matar, nunca.

" Entre 1919 e 1925, foi diretor de Engenharia do Exército e, após sucessivas promoções, chegou a general-de-divisão.

Em 1930, solicitou sua passagem para a reserva do Exército.

Nos anos 40 virou presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), cargo em que permaneceu por vários anos.

Em 1955, o Congresso Nacional conferiu-lhe a patente de marechal.

E no ano seguinte, o então estado de Guaporé, passou a ser chamado de Rondônia em homenagem ao seu desbravador.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, com quase 93 anos.

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